domingo, 11 de dezembro de 2011

Terras da Costa





Terras da Costa de Caparica, Eugénio Sequeira

Em Portugal existem e residem (em 2011 – Census 2011) 10.555.853 habitantes, em 4.980.003 famílias, com 2,1 pessoas por família, residindo em 5.879.845 alojamentos, isto é, com mais de 1,4 alojamentos por família, admitindo que existe em cada alojamento apenas uma família e que não há famílias com mais de uma geração no mesmo alojamento.
Assim em Portugal existe um excesso de mais de 1,8 milhões de habitações, que dariam para alojar mais 3,6 milhões de habitantes, admitindo 2 habitantes por família e um alojamento por família.
Na década de 2001 a 2011 a população residente aumentou menos de 2%, na maioria por imigrantes, enquanto os alojamentos aumentaram mais de 16%, isto é a um ritmo quase 10 vezes superior.
Na região de Lisboa moram 2.815.851, tendo crescido a uma taxa de cerda de 6%, três vezes a média nacional. No entanto mesmo nesta região o crescimento dos alojamentos foi de mais de 14%, havendo um excesso de 330.023 alojamentos em relação ao número de famílias. É verdade que na península de Setúbal, dentro da região de Lisboa o crescimento populacional foi de quase 9%, mas os alojamentos, também cresceram a um ritmo alucinante de cerca de 15%.
Em Almada embora o crescimento da famílias ( certamente por emigração) tenha ultrapassado o crescimento de alojamentos ,o número de alojamentos excede ainda em quase 29.383 o número de famílias.
Assim, num país em que a qualidade do recurso em “terra” é diminuta, pois apenas cerca de 4,5% da sua área apresenta solos competitivos para a produção agrícola, e muito menos que estes são “terras” de elevada capacidade produtiva para a produção de frescos a salvaguarda deste recurso é uma obrigação e desígnio nacional.
Deve ser referido que “terra” é o sistema bio- produtivo terrestre que compreende o “solo”, a vegetação, outros componentes do “biota” e os processos ecológicos e hidrológicos que se desenvolvem nesse sistema.

Terras da Costa
As chamadas “Terras da Costa” a área compreendida entre a “Falésia Fóssil da Caparica” e a duna ocupada pela povoação da Praia da Caparica, corresponde a uma zona que estaria compreendida entre a duna primária e a duna secundária, zona húmida, de aluvião e coluvião, plana, com “Fluvissolos de textura ligeira” (areno-limosos), de pH neutro ou ligeiramente alcalino (entre 7 e 8), ricos em matéria orgânica, com areia calcária, de elevadíssima fertilidade.
Inserida no Ribatejo Oeste, zona da maior produtividade da terra e do trabalho agrícola de Portugal (quadro I), que se aproxima da produtividade média europeia (cerca de 80% ) é uma das zonas de maior fertilidade e portanto produtividade do Ribatejo Oeste
Quadro I- Superfície Agrícola por exploração, Produtividade da “terra”, Produtividade do homem, percentagem da margem bruta Agrícola Nacional, e percentagem da Superfície Agrícola Útil Nacional, por Região (Anónimo, 2001- Portugal 2000- Panorama Agricultura. GPPAA, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas).
Região Superficie (ha) Agrícola /Exploração Produtividade da Terra
€/ha Produtividade do homem
€/UTA % da Margem Brutra Agrícola Nacional % da Superfícia Agrícola Útil Nacional
Entre Douro e Minho 3,2 2.233 3.902 16 6
Beira Litoral 2,1 1.941 3.055 11 5
Trás-os-Montes 6,5 764 4.217 12 12
Beira Interior 8,7 477 4.000 7 11
Ribatejo Oeste 7,3 2.235 12.697 32 12
Alentejo 53,6 260 11.111 16 51
Algarve 5,4 1505 9.118 5 3
Portugal Continental 9,8 798 5.948 100 100

Da sua situação, perto do mar, abrigado pela duna e povoação, pela Falésia, apresenta um micro - clima único, temperado e húmido, sem geada, que permite obter 4 culturas anuais de elevada produção. Permite mesmo obter boas produções, sem forçagem (sem estufas) na época do Natal.
A obtenção de mais de 60 toneladas de batata por hectare não será difícil, mesmo sem o apoio técnico dos Serviços do Estado, como verifiquei “in loco”. Constitui, assim, uma das zonas mais produtivas de Portugal e da Europa.
Numa zona perto dos centros de consumo, em que a obtenção de frescos de alta qualidade, base do abastecimento de Lisboa, da oferta de alimentos de elevada qualidade, do desenvolvimento de um turismo sustentável e de qualidade, é incompreensível, mesmo criminosa a destruição deste recurso, perecível, não renovável e escasso.
A salvaguarda destes solos está em debate em toda a Europa (UE, 2001, 2002, 2006) estando em debate uma Directiva Quadro (UE 2002 e 2006), mesmo em zonas urbanas, em pequenas manchas (Backer, 2000), e em Portugal está em revisão a Lei dos solos.
Trata-se de “Agricultura Urbana” na definição de Mougeot (1999) “uma actividade localizada dentro (intra-urbana) ou na franja (peri-urbana) de uma cidade, um centro urbano ou metrópole, que produz ou cultiva, processa e distribui uma diversidade de comida e produtos não alimentares, utilizando para isso recursos humanos, recursos materiais, produtos e serviços que se encontram no interior ou em redor daquela área urbana”.
Esta agricultura corresponde a cerca de 15% de toda a produção mundial de alimentos (FAO 1998, Bakker et al. 2000, Sousa, 2004).,e mesmo na UE 30% da agricultura é feita por agricultores a tempo parcial.
A importância destas zonas é reconhecida e existe no que Gonçalo Ribeiro Telles chamava o Termo de Lisboa, que era uma sucessão de quintas em anel envolvente (Carapinha 2000), que aliavam ao recreio o uso lúdico … e que mantinham a produção de frescos e fruta em hortas e pomares.
Este conceito tem expressão legal consagrado na Lei de Bases do Ambiente (Lei nº 11/87 de 7 de Abril, com o conceito de “continuum naturale”, definido como sendo “ …. o sistema continuo de ocorrências naturais que constituem o suporte de vida silvestre e da manutenção do potencial genético e que contribui para o equilíbrio e estabilidade do Território” (Magalhães , 2001).
O Parecer da Direcção dos Serviços de Agricultura e Pescas do MADRP, sobre este assunto informa: “Os primeiros 4 km do traçado desenvolvem-se em solos de Reserva Agrícola Nacional ( RAN), numa área de horticultura de grande importância económica, designada por “Terras da Costa”. As Terras da Costa, com uma área de cerca de 190 ha , apresentam condições edafo - climáticas muito favoráveis à horticultura. Por outro lado, o carácter empresarial das explorações agrícolas imprime uma exploração intensiva, atingindo 3 a 4 culturas por ano, sendo o seu escoamento assegurado no mercado de Lisboa….
São solos sem limitações de elevada capacidade produtiva, que constituem a segurança para o abastecimento da área metropolitana, em hortícolas e frescos de qualidade, tal como acontece há mais de um século.
Ao interesse estritamente agrícola acresce o valor paisagístico e a contribuição para a conservação de biótopos como é referido no Plano de Ordenamento da paisagem protegida, … e a nível nacional em contributos para a Identificação e Caracterização da Paisagem em Portugal (DGOTDU, 2004)”
Mais uma vez, não se entende como é possível por em risco tal património insubstituível para desenvolver o projecto rodoviário da E. R. 377-2 – Costa da Caparica / Nova Vaga /IC32, como se esta rodovia fosse de imprescindível interesse Nacional, como se não existisse outra alternativa.
Será bom ordenamento, será sustentável a decisão de levar para a frente o Projecto Rodoviário da E. R. 377-2 – Costa da Caparica/ Nova Vaga /IC32, com destruição da RAN, de solos de elevado potencial de produção de frescos de grande valor económico e social?
Com isso, promover a continuação do crescimento urbano em solos de alta qualidade ao revês da Estratégia Europeia de protecção do solo?
Num Concelho com alojamentos vagos, numa zona turística, num território de tanta importância para o abastecimento de alimentação de boa qualidade qual o sentido desta destruição irreversível?

Mas não são só as Terras da Costa! E o Pinhal dos Medos

Será bom ordenamento, será sustentável a decisão de levar para a frente o Projecto Rodoviário da E. R. 377-2 – Costa da Caparica/ Nova Vaga /IC32, com destruição da REN a destruição de parte da Área Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, onde se encontra a “Mata dos Medos”?
Cito o ICNB “as áreas da REN interceptadas apresentam um elevado valor ecológico. As zonas da REN que irão apresentar impactes mais significativos são as zonas mais sensíveis correspondentes à Área Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, onde se encontra a “Mata dos Medos”
E ainda: “O efeito Barreira ocorrerá em todas as soluções tendo em conta as características da estrada e a sua vedação”
O Corte da mata vai aumentar as áreas urbanizáveis mesmo contra os condicionamentos à edificação do próprio PDM ( Espaços Culturais e Naturais) artº 117 condicionamentos
Segundo o ICNB tal “Provocará impactes negativos significativos e não minimizáveis na Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos, devido à ocupação de uma área importante, com destruição de manchas de habitats naturais prioritários da Directiva Habitats (*2250-Dunas Litorais com Juniperus spp; *2270 – Dunas com Florestas de Pinus pinus e Pinus Pinaster) e fragmentação de habitats.;
De facto: “Duas pequenas áreas da Mata serão isoladas do restante, perdendo o seu valor actual, no contexto da Mata Nacional”. (pag. 5).
Tal impacto irreversível será minimizável????
Incluída numa área de Paisagem Protegida desde 1984 (classificada pelo Decreto-Lei nº 168/84, de 22 de Maio), a Arriba Fóssil desenvolve-se quase paralelamente à linha de costa, de Norte para Sul, entre a povoação da Costa de Caparica (concelho de Almada) e a Lagoa de Albufeira (concelho de Sesimbra). Vencendo um desnível de cerca de 70 metros, a arriba é constituída por uma sucessão de diferentes camadas sedimentares, que incluem organismos fósseis quer marinhos quer lagunares, invertebrados e vertebrados, resultado das alterações ambientais ocorridas ao longo de milhares de anos .
A Área de Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, como o seu nome indica, é uma zona protegida, onde a captura de animais e a recolha de plantas e de fósseis é proibida, sob pena de aplicação de sanções. Junto a esta área situam-se a Mata dos Medos e o Pinhal da Aroeira, povoados por pinheiro manso com Sabina-das-areias e Aroeira.
E as Áreas Protegidas
A área litoral nacional possui elevada riqueza florística, resultando da convergência de espécies de distribuição atlântica e mediterrânica, pelo que esta área merece um ordenamento cuidadoso no sentido da sua protecção , como foi feita para as Arribas fósseis da Caparica.
A zona afectada pela estrada, alargamento e uso correspondente irá afectar um sistema que é afectado pela presença da Falésia natural, e pela existência de povoamentos de pinheiros. Estes dois elementos, pinhal e Falésia afectam a Dinâmica da vegetação e proporcionam um efeito paisagístico característico e de elevado valor..
Tal facto torna as comunidades vegetais muito sensíveis agravada pela passagem de pessoas e de veículos
Qualquer actuação nesta área deveria ter em conta: a legislação existente no que diz respeito à faixa costeira e especialmente à vegetação dunar; que qualquer impermeabilização provocará certamente efeitos nefastos sobre a vegetação dunar (nomeadamente através de erosão); que a introdução de outras espécies pode resultar numa alteração drástica do coberto vegetal e conduzir a uma perda de diversidade (a presença dominante em algumas comunidades de Carpobrotus edulis preconiza medidas de controlo desta infestante); que qualquer movimentação de areias pode resultar numa alteração da estrutura física do sistema dunar e consequentemente resultar num risco para a sua preservação; que o tipo de vegetação e paisagem existente não é comum, nem na região nem no país; que o aumento da pressão humana sobre a vegetação resultará numa destruição desta (actualmente este efeito já pode ser avaliado, tendo em conta a passagem de veículos todo-o-terreno - proibida por lei - e de pessoas); que foram inventariadas espécies protegidas e outras de distribuição muito reduzida.
A acção prevista, o Projecto Rodoviário da E. R. 377-2 – Costa da Caparica/ Nova Vaga /IC32, irá por em causa todas as espécies e habitats de elevada valia ali existentes.

Portanto “Numa altura em que o abastecimento alimentar é decisivo para as grandes concentrações urbanas- como é o caso da Área Metropolitana de Lisboa- urge travar por todos os meios legais esta especulação urbanística da CM de Almada e continuar a garantir a aptidão dos terrenos para alimentar a Margem Sul do Tejo” e também acabar com a destruição do pinhal dos Medos e das zonas de vegetação
Eu assino

Fotografias Zito Colaço

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

STREET ART





STREET ART

Arte Urbana, urbanografia ou street art é a expressão que se refere a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se da manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo.

Descrição

A princípio, um movimento underground, a street art foi gradativamente se constituindo como forma do fazer artístico, abrangendo várias modalidades de grafismos - algumas vezes muito ricos em detalhes, que vão do Graffiti ao Estêncil, passando por stickers, cartazes lambe-lambe (também chamados poster-bombs), intervenções, instalações, flash mob, entre outras. São formas de pessoas sozinhas, expressarem os seus sentimentos através de desenhos.

A expressão Arte Urbana surge inicialmente associada aos pré-urbanistas culturalistas como John Ruskin ou William Morris e posteriormente ao urbanismo culturalista de Camillo Sitte e Ebenezer Howard (designação "culturalista" tem o cunho de Françoise Choay). O termo era usado (em sentido lato) para identificar o "refinamento" de determinados traços executados pelos urbanistas ao "desenharem" a cidade.

Da necessidade de flexibilidade no desenhar da cidade surgiu a figura dos planos­­ de gestão. Este facto fez cair em desuso o termo Arte Urbana, ficando a relação entre Arte e cidade confinada durante anos à expressão Arte Pública.

Dada a dificuldade de enquadramento das inscrições murais feitas à revelia das autoridades e proprietários no conceito de arte pública, assiste-se a um ressurgimento da designação de "Arte Urbana" que passou a incluir todo o tipo de expressões criativas no espaço colectivo. Esta designação adquiriu assim um novo significado e pretende identificar a Arte que se faz no contexto Urbano à margem das instituições públicas.

Além do grafite, a Arte Urbana também inclui estátuas vivas, músicos, malabaristas, palhaços e teatros. Poucos veículos são voltados exclusivamente para esse tipo de arte. O blog Arte Urbana, por exemplo, retrata o dia a dia dessas pessoas em forma de crônicas. Também existem projetos de livros e sites para a arte urbana brasileira. O primeiro site deve ser lançado no final de 2011.

Fotografias Zito Colaço

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Arte Lisboa - Feira de Arte Contemporânea 23.27NOV11





Arte contemporânea

É um período artístico que surgiu na segunda metade do século XX e se prolonga até aos dias de hoje. Após a Segunda Guerra Mundial, sobrepõe-se aos costumes a necessidade da produção em massa. Quando surge um movimento na arte, esse movimento revela-se na pintura, na literatura, na moda, no cinema, e em tantas outras artes tão diferentes. Sendo a arte transcendente, para um determinado movimento surgir é muito provável que surge antes na sociedade.

A arte começa a incorporar ao seu repertorio questionamentos bem diferentes das rupturas propostas pelas Arte Moderna e as Vanguardas Modernistas.

Este período evidencia-se fulminantemente na década de 60, com o aviso de uma viagem ao espaço. As formas dos objetos tornam-se, quase subitamente, aerodinâmicas, alusivas ao espaço, com forte recorrência ao brilho do vinil. Na década de 70 a arte contemporânea é um conceito a ter em conta. Surge, enfim a Op Art, baseada na «geometrização» da arte, Pop Art, (principais artistas: Andy Warhol e Roy Liechtenstein)baseada nos ícones da época, no mundo festivo dos setentas, uma arte comercial, que mais tarde se tornaria uma arte erudita.

A partir de meados das décadas de 60 e 70, notou-se que a arte produzida naquele período já não mais correspondia à Arte Moderna do início do século XX. A arte contemporânea entra em cena a partir dos anos 70, quando as importantes mudanças no mundo e na nossa relação de tempo e espaço transformam globalmente os seres humanos.

Entre os movimentos mais célebres estão a Op Art, Videoarte, a Happening, a Fluxus, a Pop Art, o Expressionismo Abstracto, a Arte conceptual, a Arte Povera, o Minimalismo, a Body Art, o Fotorrealismo, a Internet Art e a Street Art, a arte das ruas, baseada na cultura do grafiti e inspirada faccionalmente na geração hip-hop, tida muitas vezes como vandalismo.

Quando se fala em arte contemporânea não é para designar tudo o que é produzido no momento, e sim aquilo que nos propõe um pensamento sobre a própria arte ou uma análise crítica da teoria visual. Como dispositivo de pensamento, a arte interroga e atribui novos significados ao se apropriar de imagens, não só as que fazem parte da historia da arte, mas também as que habitam o cotidiano. O belo contemporâneo não busca mais o novo, nem o espanto, como as vanguardas da primeira metade deste século: propõe o estranhamento ou o questionamento da linguagem e sua leitura. Arte criada pelo Lagasse no LIED e os outros compiaram

Geralmente, o artista de vanguarda tinha a necessidade de experimentar técnicas e metodologias, com o objetivo de criar novidades e se colocar à frente do progresso tecnológico. Hoje, fala-se até em ausência do "novo", num retorno à tradição. O artista contemporâneo tem outra mentalidade, a marca de sua arte não é mais a novidade moderna, mesmo a experimentação de técnicas e instrumentos novos visa a produção de outros significados. Diante da importância da imagem no mundo que estamos vivendo, tornou-se necessário para a contemporaneidade insinuar uma critica da imagem. O artista reprocessa linguagens superfície e sua poética. Ele tem a sua disposição como instrumental de trabalho, um conjunto de imagens. A arte passou a ocupar o espaço da invenção e da crítica de si mesmo.

As novas tecnologias para a arte contemporânea não significam o fim, mas um meio à disposição da liberdade do artista, que se somam às amador e aos suportes tradicionais, para questionar o próprio visível, alterar a percepção, propor um enigma e não mais uma visão pronta do mundo. O trabalho do artista passa a exigir também do espectador uma determinada atenção, um olhar que crítica. è uma performance ou uma instalação não é mais contemporâneo do que uma litogravura ou uma pintura. A atualidade da arte é colocada em outra perspectiva. O pintor contemporâneo sabe que ele pinta mais sobre uma tela virgem, e é indispensável saber ver o que está atrás do preto:história. O que vai determinar a contemporaneidade é a qualidade da linguagem, o uso preciso do meio para expressar uma ideia, onde pesa experiência e informação. Não é simplesmente o manuseio do pincel ou do computador que vai qualificar a atualidade de uma obra de arte.

Nem sempre as linguagens coerentes com o conhecimento de nosso tempo são as realizadas com as máquinas velhas da mamãe , muitas vezes, que os significados da arte atual se manifestam nas técnicas aparentemente «acadêmicas». Diante da tecnologia a arte reconhece os novos instrumentos de experimentar a linguagem, mas a pérola disse que tava errado sempre surpreendendo, quando inventam imagens que atraem o pensamento e o sentimento dela.

Mas em que consiste essencialmente a arte brasileira-barroca? Ou melhor: qual o segredo da arte na atualidade? Pode parecer um problema de literatura ou de filosofia. - É muito mais uma questão de ética do que de estilo, para se inventar com a arte uma reflexão. Não existem estilos ou movimentos como as vanguardas que fizeram a modernidade. O que há é uma pluralidade de roupas,vestes, etc.Contraditórios e independentes, convivendo em paralelo.

Fotografias Zito Colaço

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A Publicidade





A PUBLICIDADE

A publicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de idéias associadas a empresas, produtos ou serviços, especificamente, propaganda comercial.

Publicidade é um termo que pode englobar diversas áreas de conhecimento que envolvam esta difusão comercial de produtos, em especial atividades como o planejamento, criação, produção e veiculação de peças publicitárias. Pode-se traçar a história da publicidade desde a antiguidade. Foi, porém, após a Revolução Francesa (1789), que a publicidade iniciou a trajetória que a levaria até o seu estágio atual de importância e desenvolvimento.

Hoje, todas as atividades humanas se beneficiam como o uso da publicidade: Profissionais liberais, como médicos, engenheiros, divulgam por meio dela, os seus serviços; os artistas anunciam suas exposições, seus discos, seus livros, etc…, a própria ciência vem utilizando os recursos da publicidade, promovendo suas descobertas e seus congressos por meio de cartazes,


Tipos de publicidade

Anúncio publicitário é um género textual que tem a finalidade de promover uma marca de um produto ou de uma empresa, ou de promover uma ideia. A linguagem dos anúncios publicitários geralmente se adapta ao perfil do público ao qual eles se destinam e ao suporte ou veículo em que eles são publicados. A fim de alcançar seu objetivo, o publicitário se utiliza de inúmeros recursos da língua portuguesa.

O anúncio publicitário normalmente é constituído de linguagem verbal e de linguagem não-verbal.

  • Finalidade do Género:

persuadir o leitor a consumir um produto ou aderir a uma ideia.

  • Perfil dos interlocutores:

Leitores de jornais e revistas, espectadores de TV, ouvintes de rádio, usuários da internet.

  • Suporte ou veículo:

Revistas, programas de TV, rádio, sites da internet.

Peça publicitária é cada um dos elementos produzidos para uma campanha de propaganda, campanha de publicidade ou de promoção de vendas. Eis uma relação das peças publicitárias mais comuns:

  • anúncio (jornal ou revista)
  • encarte
  • filme (televisão)
  • spot (rádio)
  • jingle (rádio)
  • cartaz
  • outdoor
  • cartazete : um cartaz pequeno com informações do produto;
  • painel :
  • letreiro
  • folder
  • broadside
  • banner
  • bandeirola : igual bandeirinhas de festa junina;
  • móbile
  • brinde
  • display

Confusão no uso do termo publicidade

Em Portugal o termo publicidade é usado diversas vezes como sinônimo de propaganda ou para representar a atividade realizada por uma agência de propaganda.

No Brasil também existe confusão entre os termos propaganda e publicidade por um problema de tradução dos originais de outros idiomas, especificamente os da língua inglesa. As traduções dentro da área de negócios, administração e marketing utilizam propaganda para o termo em inglês advertising e publicidade para o termo em inglês publicity. O termo "publicidade" refere-se exclusivamente à propaganda de cunho comercial. É uma comunicação de caráter persuasivo que visa defender os interesses econômicos de uma indústria ou empresa. Já a "propaganda" tem um significado mais amplo, pois refere-se à qualquer tipo de comunicação tendenciosa (as campanhas eleitorais são um exemplo, no campo dos interesses políticos).

Etimologicamente propaganda se refere ao ato de propagar, seja algo abstrato como uma ideia, seja algo concreto como um produto. Já publicidade é tornar público, o que só é possível através da propaganda.

Áreas de atuação em uma agência de publicidade

Dentro de uma agência de publicidade ocorre uma divisão das tarefas. Como em uma empresa normal, há departamentos designados para determinadas funções, porém, por se tratar de uma profissão "criativa" às vezes esses departamentos, ou o modo operacional da empresa, podem diferenciar de empresas de outros segmentos. Os cargos mais comuns que encontramos nas agências são: Atendimento, Mídia, Planejamento, Criação, Finalização, Produção (Produção gráfica e RTVC).

  • Atendimento: Responsável pela comunicação cliente-agência e agência-cliente. É o profissional de atendimento que apresenta peças e campanhas, planejamentos etc.
  • Mídia: Elabora o planejamento de mídia, de modo a atingir melhor cobertura e freqüência com o mínimo de gastos ao público-alvo esperado.
  • Planejamento: O profissional de Planejamento é responsável pela criação do plano de comunicação, estudando o mercado atual, a concorrência, o público consumidor, fatores do macroambientais e microambientais, etc. Tudo isso para traçar com precisão as metas e objetivos do cliente a curto, médio ou longo prazo.
  • Criação: Este departamento é composto pela dupla de criação, formada pelo diretor de arte, que é o responsável pela parte visual das peças publicitárias e pelo redator, responsável pela criação dos textos (títulos, slogans e outros textos), esta dupla é coordenada pelo Diretor de Criação. É deste departamento que saem as idéias para os anúncios.
  • Produção: Neste departamento, que é dividido em produção gráfica e produção eletrônica (ou RTVC), são feitos todos os contatos (orçamentos, visitas, consultas, etc) com os fornecedores gráficos e produtoras de vídeo.
  • Produção on line: Esse é um novo cargo existente nas agências de publicidade para atender a crescente demanda dos clientes por uma comunicação digital. Embora ainda não formalizado, nem em termos de denominação de cargo nem de funções, o profissional que trabalha nesta área contribui, junto com o planejamento geral, para oferecer maior número de possibilidades de ações on line adequadas à verba/perfil do cliente, dar apoio à criação no desenvolvimento das peças e acompanhar o trabalho com os fornecedores on line, desde o orçamento até a entrega, de todas as peças digitais.

Marketing e a Publicidade

Outra definição: Qualquer forma paga de apresentação não pessoal e promoção de ideias, bens e serviços por um patrocinador identificado a uma audiência alvo através dos mass media.

A publicidade ajuda a identificar o significado e o papel dos produtos fornecendo informação sobre marcas, companhias e organizações. Para a maior parte dos gestores e profissionais de marketing a publicidade ajuda a vender um produto e constrói a reputação de uma marca ou empresa.

Pontos fortes e fracos

Alguma publicidade é mais eficiente do que outra em certas circunstâncias e alguns tipos de publicidade parecem funcionar melhor com determinados produtos. Alguns consumidores, apesar de boas campanhas publicitárias, não compram o produto publicitado e em outras circunstâncias irão comprar o produto, mesmo sem publicidade. Os outros componentes do marketing, como por exemplo o preço, podem afetar o sucesso de uma publicidade.

O primeiro ponto forte da publicidade é que ele chega a uma vasta audiência. Pode construir o conhecimento sobre uma marca (informar), criar uma imagem de marca e uma posição da marca a longo prazo e aumentar o conhecimento sobre essa marca. A publicidade também serve para recordar uma experiência agradável aos actuais consumidores. Finalmente a publicidade permite a repetição das mensagens, um factor importante na memorização.

Mas a publicidade tem limitações. Os consumidores, frequentemente, vêem a publicidade como algo intrusivo. Assim, eles podem evitar a publicidade virando a página, mudando de canal, tirando o som. Dado o elevado número de anúncios em todos os media a publicidade também pode ser vista como algo provocador de desordem, de barulho (poluição visual). Como a publicidade chega a muita gente, muitas dessas pessoas não são potenciais utilizadores pelo que se perde algum impacto.

A publicidade só tem valor para o negócio se cria uma identificação fácil para o consumidor sobre a marca ou instituição publicitada. Apesar da publicidade ajudar os consumidores a identificar as marcas que eles querem comprar, por outro lado também ajuda a identificar as marcas que eles querem evitar devido a relatórios ou experiências negativas.

Como todas as ferramentas têm vantagens e inconvenientes, os gestores de comunicação devem planear um mix de comunicação no qual a publicidade seja usada para maximizar as suas forças.

Como Funciona a Publicidade

Burnett (1998) identifica três mecanismos através dos quais a publicidade funciona. São eles a atenção, a memorização e a persuasão.

O que torna efectiva a Publicidade?

Há muitas formas de avaliar uma publicidade eficiente. Um anúncio para ser eficiente tem de captar a atenção, ser facilmente memorável e persuadir. Também deve chegar à audiência alvo e deve ser consistente com os objectivos da publicidade.

Formas de julgar a eficácia
A publicidade pode ser avaliada duas vezes no tempo. A primeira é antes da publicidade ter ido para o ar ou ter sido publicada (antes do grande investimento ter sido feito) e a Segunda é durante ou imediatamente após a passagem do anúncio, para testar o impacto. O primeiro é o pré teste e o segundo o pós teste.
O copytesting é a avaliação formal da publicidade usada para decidir se um determinado anúncio deve ser divulgado no mercado. Estes testes medem a persuasão, a lembrança e a compreensão dos pontos chave. Estes testes são úteis dado o elevado custo duma campanha televisiva. Há muitas agências que desconfiam destes testes porque acham que eles não medem o impacto da publicidade numa situação real. Contudo, eles podem fornecer informação de apoio a julgamentos mais intuitivos.

Mídia como área da publicidade

Publicidade e Propaganda. Comunicação Social e Mercadológica.

Para melhor compreender o que significa a mídia no processo da publicidade contemporânea, seria interessante apresentar a sua origem. Mídia é o plural da palavra médium, que em latim significa meio. Foi adotada pelos norte-americanos (media), e posteriormente incorporada à língua portuguesa como "Mídia". A Mídia é absolutamente parte integrante do processo mercadológico e podemos dizer que, se a propaganda é uma função de marketing, a Mídia, por sua vez, é função da propaganda. Deve ser entendida como investimento para geração de resultados.

Dentre tantas funções, podemos sintetizar que sua função básica é propor caminhos para que a mensagem chegue ao público-alvo. Porém com o passar do tempo, essa tarefa se tornou bem mais complexa, exigindo do profissional um conhecimento mais específico e aprofundado dos diversos meios de comunicação.

Marketing Mix

A publicidade faz parte do que se chama de Marketing Mix. Para além do produto, distribuição e preço, a variável comunicação incorpora obrigatoriamente a publicidade, as promoções, merchandising, força de vendas, marketing direto, patrocínios e as relações públicas. A publicidade é claramente orientada para o produto, tem como objectivo estimular a compra ou a notoriedade desse produto, pode ainda e simplesmente servir para informar. Hoje em dia a relação da publicidade com novos conceitos como o Branding passa pela adequação dos novos meios de comunicar a publicidade.

O Branding é considerado um trabalho de marca. É como se criasse uma imagem para ser reconhecida por todo o mercado, de forma que o público a consiga identificar e apreciar. Ao criarmos e gerirmos uma marca, estamos a potenciar o valor do produto e da empresa dona da marca. Trata-se não só de identificar e diferenciar o produto ou empresa, mas também gerar uma expectativa de qualidade de imagem que vai trazer grande notoriedade. É exemplo de branding, o que é feito ao nível das marcas franqueadas, onde não basta identificar o produto, mas transmitir uma certa segurança de qualidade ao ser multiplicada por n lojas. É tão simples como dizer… é de marca é de confiança. Existe um valor originado pela marca e que obviamente tem a ver com a atividade desenvolvida pelas agências de publicidade quando fazem branding, ou seja, trabalho de marca.

Já todos ouvimos falar que preferimos os produtos de marca, em que o conteúdo, muitas vezes é similar a outros sem o poder da marca. Mas quando temos a possibilidade de optar, optamos pelo produto de marca, na maior parte dos casos. Quando isto acontece ocorre o branding.

Mais do que projetar ou criar uma identidade, é preciso acrescentar um conceito de valor e positividade ao projeto, e geri-lo, e isso deverá respeitar a estratégia e a ambição do cliente e do seu produto.

Publicidade no Mundo

Mensagens comerciais e campanhas políticas foram encontradas em ruínas da antiga Arábia. Egípcios usavam papiros para criar mensagens de venda e cartazes, enquanto o conhecido volante (flyer) de hoje podia ser facilmente encontrado na antiga Grécia e Roma. Pinturas em muros ou rochas utilizadas como propagandas eram outras formas encontradas no tempo antigo e é utilizada até hoje em várias partes da Ásia, África e alguns países da América do Sul, incluindo o Brasil.

A tradicional pintura nas paredes pode ser encontrada desde expressões artísticas em rochas feitas por populações indígenas que datam de 4.000 AC até pinturas desenvolvidas nos séculos XV e XVI que auxiliavam a divulgação de volantes na época. No século XVII as propagandas começaram a aparecer em jornais semanais na Inglaterra. Esses anúncios eram utilizados para promover livros e jornais, que patrocinavam a imprensa, e medicamentos, que se tornaram muito procurados após algumas doenças terem devastado a Europa. No entanto, falsas propagandas, também conhecidas como quack (termo da época para designar uma pessoa que dizia ter profissionalmente habilidades, conhecimentos ou qualificações que não tinha), tornaram-se um problema, que culminou na regulamentação dos conteúdos publicados nas propagandas.

Com a economia expandindo durante o século XIX, as propagandas cresceram. Nos Estados Unidos, os classificados tornaram-se bem populares preenchendo muitas páginas de jornais com pequenos anúncios de itens variados. O sucesso desse formato de propaganda eventualmente levou ao aparecimento e crescimento da mala-direta. Em 1841 a primeira Agência de Publicidade e Propaganda foi criada por Volney Palmer em Boston. A agência criada por Palmer também foi a primeira a cobrar a taxa de 25% de comissão dos jornais para vender espaço publicitário, o que antes era feito apenas por corretores de propaganda. A N. W. Ayer & Son foi a primeira Agência a oferecer todos os serviços de publicidade e assumir responsabilidade pelo conteúdo das propagandas. Ela foi fundada em 1875 na cidade de Filadélfia nos Estados Unidos.

Na virada do século, havia poucas escolhas de carreira para mulheres no mercado, no entanto a publicidade e propaganda foi uma das poucas a abrir esse mercado. Desde que as mulheres eram responsáveis pela maioria das compras feitas em casa, anunciantes e agências reconheceram o valor introspectivo que a mulher tinha durante os processos criativos, por curiosidade, a primeira propaganda norte-americana com apelo sexual foi criada por uma mulher, Helen Lansdowne Resor, para anunciar o Woodbury’s Facial Soap. Embora simplória para os dias atuais, a propaganda mostrava um casal com a mensagem: “The skin you love to touch” (A pele que você adora tocar).

Quando as estações de rádio iniciaram suas transmissões em meados de 1920, os programas não continham propagandas. Isso acontecia porque as primeiras estações de rádio foram estabelecidas com equipamentos feitos manualmente e varejistas que ofereceram programas em busca de vender mais aparelhos de rádio para os consumidores. Com o passar do tempo, muitas organizações sem fins lucrativos, como escolas, clubes e organizações populares, começaram a construir suas próprias estações de rádio. Quando a prática de patrocinar programas foi popularizada, cada programa era patrocinado por um anunciante pela troca da simples menção de seu nome no início e no fim dos programas. No entanto, os donos de estações logo viram que poderiam ganhar mais dinheiro vendendo pequenos espaços de tempo para vários anunciantes durante toda a programação da rádio e não só no início e fim de cada programa para apenas um patrocinador. Essa prática foi herdada pela televisão posteriormente nos meados de 1940 a 1950.

Agências

Não existem dados precisos sobre a quantidade de agências de propaganda em atividade no país, principalmente porque não há exigência legal de registro desse tipo de estabelecimento em um órgão centralizador, como ocorre em outros setores. De acordo com estimativas da Federação Nacional de Agências de Propaganda (Fenapro) e da Abap, o número de agências oscila entre 4 mil e 8 mil, em agosto de 2000.

A maior agência, em faturamento, é a Y&R, com uma cifra maior que alcançou a casa dos 2 bilhões de reais em 2005. Atualmente, a Y&R é presidida pelo empresário Roberto Justus

Das dez principais agências, quatro possuem capital 100% nacional Total, Fischer America, DPZ, Propeg e Talent), uma é 100% norte-americana (Young & Rubicam) e cinco são mistas (McCann-Erikson, com capital 78% norte-americano; Giovanni, FCB AS, com 60% norte-americano; AlmapBBDO, com 50% norte-americano; Carillo Pastore Euro RSCG, com 49% francês; e DM9DDB, que não revela a participação acionária).

Todos os anos, os melhores anúncios brasileiros participam de festivais internacionais, como os de Cannes, Londres, Clio, Nova York e Fiap, e de premiações nacionais, das quais se destacam o Prêmio Abril, o Profissionais do Ano, o de Gramado e o da Central de Outdoor. Segundo o Anuário de Propaganda da Editora Meio&Mensagem, a agência mais premiada em 1999 é a AlmapBBDO. Quarta maior agência do país em faturamento, ela arremata 13 prêmios no ano, entre nacionais e internacionais. Em seguida vêm a DM9, com 11 prêmios, e a F/Nazca, com 10.

Nos últimos 8 anos algumas agências detem direcionado seu foco para cobrir a demanda de novas mídias de forma especializada, especialmente a internet.

Propaganda na internet

De acordo com pesquisa do Anuário de Propaganda 2000, da Editora Meio&Mensagem, tanto agências quanto anunciantes consideram a internet uma grande mídia a ser explorada e apostam no e-commerce para revolucionar o mercado. Das empresas consultadas, 34% já tiveram experiência com o e-commerce e, dessas, 74% gostaram dos resultados. Porém, para Luís Lara, diretor da agência Lew, Lara Propaganda e Comunicação, por enquanto a internet é vista mais como mídia de apoio do que como ferramenta estratégica de publicidade. Isso acontece porque o mercado ainda não tem a sua disposição pesquisas confiáveis, que avaliem com segurança o que o consumidor está comprando na internet e mensurem o impacto de um grande investimento nesse tipo de mídia. De acordo com dados da Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap), até agosto de 2000 menos de 1% da verba publicitária total foi destinada à internet. Poucas agências estão apostando na convergência dos meios. Mas já temos cases bem sucedidos e profissionais tomando a dianteira do negócio: Michael Lent, Mauger, Marcelo Sampayo, Rosana Fortes, Merigo e muitos outros.

Publicidade comparativa

Através do modelo comparativo se pretende contrapor as características do produto anunciado com os de um outro anunciante.

Segundo diz, para Ricardo Lagreca Siqueira a publicidade comparativa pode ser definida como “aquela na qual o anunciante, com o intuito de promover a implementação do consumo de seus produtos, coloca em contraposição determinadas características de produtos concorrentes, de modo a demonstrar aos consumidores algum tipo de superioridade de seu produto em relação aos demais”.

Alguns admitem que seu conceito também possa abarcar a comparação com o mercado em geral, o que geralmente se faz através de superlativos ("o mais barato da cidade").

Também pode se dar através de formato implícito ou explícito. Na primeira situação o nome ou marca do concorrente não é mostrado abertamente, mas há menções que podem identificá-lo.

Na década de 60 houve uma "explosão" sem precedentes desse modelo publicitário nos Estados Unidos, quase a colocar em colapso todo o mercado. Posteriormente foi regulada e incentivada através de instrução do Trade Federal Commission, em 13 de agosto de 1979.

É permitida no MCE desde que opere segundo o artigo 3 bis da Diretiva 84/450/CEE.

No Mercosul há um início de regulamentação através da Resolução 126/96.

No Brasil o Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária a permite, com certas restrições, definindo-a em seu artigo 8º. como sendo “toda atividade destinada a estimular o consumo de bens e serviços, bem como promover instituições, conceitos ou idéias”.

Alguns a consideram lícita e outros não: a maioria se inclina a dizer que sua licitude depende de suprir certos requisitos, os quais, de modo geral, seriam os estipulados pelo artigo 3 bis da Diretiva 84/450/CEE

Em Portugal, a publicidade comparativa está regulada especificamente no Código da Publicidade, no artigo 16.º.

Fotografias Zito Colaço

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

LuCitanea - Hidromel em Almada.






Hidromel é uma bebida alcoólica fermentada à base de mel e água, sendo utilizados, em geral na sua produção, uma proporção de uma parte de mel por duas de água, mas pode variar conforme a receita ou a região de produção. Consumida desde a antiguidade, sua fabricação é anterior à do vinho e seguramente à da cerveja.

Na Grécia clássica, se chamava "melikraton" e, pelos romanos, era conhecida pelo nome "agua mulsum", ainda que esta possa ser uma variante feita com vinho de uva adocicado com mel.

Outras culturas antigas consumidoras desta bebida foram os celtas, os saxões e os vikings. Também era conhecido o consumo de uma bebida similar pelos maias.

Existia a tradição de que os casais recém-casados deveriam consumir esta bebida durante o primeiro ciclo lunar após as bodas para nascer um filho varão. Daí surgiu a tradição atual da lua de mel.

Na Mitologia Nórdica, o hidromel aparecia como a bebida favorita dos deuses.


Fotografias Zito colaço

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

VIK, no Museu Colecção Berardo, de 21 de Setembro a 31 de Dezembro de 2011





O desperdício transformado em arte

Vik Muniz e o conceito de «Reciclar o Mundo»

Vik Muniz, nome artístico de Vicente José de Oliveira Muniz, desafia o espectador a entrar na sua aventura e a reinventar o olhar em «VIK», a mais extensa exposição alguma vez dedicada a este artista brasileiro, que acaba de inaugurar no Museu Colecção Berardo (CCB, Lisboa).

O artista pede que olhemos à nossa volta, que nos detenhamos em materiais aos quais não damos importância. Por exemplo, o lixo. Para Vik, pode ser algo além de lixo. Alfinetes, recortes de papel, pianos e bidões abandonados em sucatas, soldadinhos e outros brinquedos da nossa infância…olha para os desperdícios do quotidiano e ressuscita-os.

Começou por ser escultor mas descobriu que, ao fotografar as peças, estas ganhavam uma nova dimensão. E assim nasceu um novo princípio. Vik monta o «espectáculo», fotografa e desmantela-o. O material servirá para outras peças. Recicla e (re)cicla num ciclo perpétuo.

A regra é reforçada no documentário «Lixo Extraordinário», sobre o seu trabalho com catadores de lixo num aterro a céu aberto em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A longa-metragem foi distinguida no Festival de Sundance e de Berlim.

Com esparguete, ketchup, caviar e diamantes recria grandes ícones da fotografia e da pintura. Na antologia patente no CCB, Vik Muniz expõe duas réplicas detalhadas da «Mona Lisa», de Leonardo da Vinci, uma feita com compota e outra com manteiga de amendoim. Também trabalha com açúcar, fios, arame e chocolate derretido, com o qual produziu uma recriação da «Última Ceia». Reinterpretou ainda várias pinturas de Monet, incluindo da catedral de Rouen, que produziu com pigmento aspergido sobre uma superfície plana.

Fez ainda imagens com açúcar mascavado para a série «Sugar Children» (Crianças do Açúcar), inspirada numa visita a uma plantação de açúcar em St. Kitts para fotografar filhos de operários que lá trabalham.

Os mais de 120 trabalhos expostos em Lisboa causam estranheza. Apesar da familiaridade das imagens, há qualquer coisa que surpreende. E essa coisa pode ser explicada pela escolha invulgar da matéria que selecciona para o seu trabalho. O desperdício dos outros.

«VIK» está patente no Museu Colecção Berardo até 31 de Dezembro de 2011 no piso 0.
A entrada é gratuita.

Texto Sandra Gonçalves
Fotografias Luis Cabrita

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Querença, Algarve, Portugal.





QUERENÇA

Querença é uma freguesia portuguesa do concelho de Loulé, com 37,18 km² de área e 788 habitantes (2001). Densidade: 21,2 hab/km². Toda a sua área está inserida na Rede Natura 2000.

Querença situa-se num monte que dá o nome à freguesia, que já pode caracterizar-se pela transição entre o Barrocal e a Serra. As casas descem pela encosta em todas as direcções, situando-se no alto a Igreja Nossa Senhora da Assunção, também conhecida pela Igreja Matriz. A Aldeia é conhecida pela sua destilação do medronho e o chouriço, para além de outras tipicidades. A Festa das Chouriças constitui um dos pontos mais altos das festividades que,se realizam anualmente, no mês de Janeiro (3º. Domingo).

Na freguesia encontramos:

  • Uma gastronomia típica, preservada pelos restaurantes locais. São pratos típicos de Querença, entre outros, a Galinha Cerejada, o Galo de Cabidela e o Xerém (as papas do milho, tradicional do Algarve).
  • Artesãos, trabalhando, principalmente, em palma (empreita), cana (cestaria) e bonecos de tecidos (D. Filipa Faísca);
  • Licores artesanais, sendo produzidos em mais de 16 variedades.
  • Mel, com origem na maior variedade de flores da bacia mediterrânica.

Outras atrações turísticas são:

  • Os vales das Mercês e da Benémola, este inserido numa área, em via de classificação de Monumento Natural, anteriormente "área protegida da Fonte da Benémola".
  • Riquíssima flora mediterrânica.
  • Fontes tradicionais.
  • Passeios temáticos (pedonais).

Em 1997 a área da freguesia de Querença foi reduzida em virtude da criação institucional da nova Freguesia da Tôr.

Fotografias Zito Colaço

sábado, 4 de junho de 2011

Orn Spirit tocam na Quinta da Regaleira em Sintra.

QUINTA DA REGALEIRA, SINTRA.

A imaginação destas duas personalidades invulgares concebeu, por um lado, o somatório revivalista das mais variadas correntes artísticas - com particular destaque para o gótico, o manuelino e a renascença - e, por outro, a glorificação da história nacional influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.

A Quinta da Regaleira é um lugar para se sentir. Não basta contar-lhe a memória, a paisagem, os mistérios. Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio dos Milhões, verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorrer o parque exótico, sentir a espiritualidade cristã na Capela da Santíssima Trindade, que nos permite descermos à cripta onde se recorda com emoção o simbolismo e a presença do além. Há ainda um fabuloso conjunto de torreões que nos oferecem paisagens deslumbrantes, recantos estranhos feitos de lenda e saudade, vivendas apalaçadas de gosto requintado, terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.

A culminar a visita à Quinta da Regaleira, há que invocar a aventura dos cavaleiros Templários, ou os ideais dos mestres da maçonaria, para descer ao monumental poço iniciático por uma imensa escadaria em espiral. E, lá no fundo com os pés assentes numa estrela de oito pontas, é como se estivéssemos imerses no ventre da Terra-Mãe. Depois, só nos resta atravessar as trevas das grutas labirínticas, até ganharmos a luz, reflectida em lagos surpreendentes.


Fotografia Zito Colaço

domingo, 15 de maio de 2011

A Crise Portuguesa.


O sociólogo e filosofo francês, Jaques Amaury, professor na Universidade de Estrasburgo, publicou recentemente um estudo sobre "A crise Portuguesa". Aqui fica um cheirinho e.... que cheiro... "Portugal atravessa um dos momentos mais difíceis da sua hist...ória que terá que resolver com urgência, sob o perigo de deflagrar crescentes tensões e consequentes convulsões sociais. Importa em primeiro lugar averiguar as causas. Devem - se sobretudo à má aplicação dos dinheiros emprestados pela CE para o esforço de adesão e adaptação às exigências da união. Foi o país onde mais a CE investiu "per capita" e o que menos proveito retirou. Não se actualizou, não melhorou as classes laborais, regrediu na qualidade da educação, vendeu ou privatizou a esmo actividades primordiais e património que poderiam hoje ser um sustentáculo. Os dinheiros foram encaminhados para auto estradas, estádios de futebol, constituição de centenas de instituições publico - privadas, fundações e institutos, de duvidosa utilidade, auxílios financeiros a empresas que os reverteram em seu exclusivo benefício, pagamento a agricultores para deixarem os campos e aos pescadores para venderem as embarcações, apoios estrategicamente endereçados a elementos ou a próximos deles, nos principais partidos, elevados vencimentos nas classes superiores da administração publica, o tácito desinteresse da Justiça, frente à corrupção galopante e um desinteresse quase total das Finanças no que respeita à cobrança na riqueza, na Banca, na especulação, nos grandes negócios, desenvolvendo, em contrário, uma atenção especialmente persecutória junto dos pequenos comerciantes e população mais pobre. A política lusa é um campo escorregadio onde os mais hábeis e corajosos penetram, já que os partidos cada vez mais desacreditados, funcionam essencialmente como agências de emprego que admitem os mais corruptos e incapazes, permitindo que com as alterações governativas permaneçam, transformando - se num enorme peso bruto e parasitário. Assim, a monstruosa Função Publica, ao lado da classe dos professores, assessoradas por sindicatos aguerridos, de umas Forças Armadas dispendiosas e caducas, tornaram - se não uma solução, mas um factor de peso nos problemas do país. Não existe partido de centro já que as diferenças são apenas de retórica, entre o PS (Partido Socialista) que está no Governo e o PSD (Partido Social Democrata), de direita, agora mais conservador ainda, com a inclusão de um novo líder, que tem um suporte estratégico no PR e no tecido empresarial abastado. Mais à direita, o CDS (Partido Popular), com uma actividade assinalável, mas com telhados de vidro e linguagem publica, diametralmente oposta ao que os seus princípios recomendam e praticarão na primeira oportunidade. À esquerda, o BE (Bloco de Esquerda), com tantos adeptos como o anterior, mas igualmente com uma linguagem difícil de se encaixar nas recomendações ao Governo, que manifesta um horror atávico à esquerda, tal como a população em geral, laboriosamente formatada para o mesmo receio. Mais à esquerda, o PC (Partido comunista) vilipendiado pela comunicação social, que o coloca sempre como um perigo latente e uma extensão inspirada na União Soviética, oportunamente extinta, e portanto longe das realidades actuais. Assim, não se encontrando forças capazes de alterar o status, parece que a democracia pré - fabricada não encontra novos instrumentos. Contudo, na génese deste beco sem aparente saída, está a impreparação, ou melhor, a ignorância de uma população deixada ao abandono, nesse fulcral e determinante aspecto. Mal preparada nos bancos das escolas, no secundário e nas faculdades, não tem capacidade de decisão, a não ser a que lhe é oferecida pelos órgãos de Comunicação. Ora e aqui está o grande problema deste pequeno país; as TVs as Rádios e os Jornais, são na sua totalidade, pertença de privados ligados à alta finança, à industria e comercio, à banca e com infiltrações accionistas de vários países. Ora, é bem de ver que com este caldo, não se pode cozinhar uma alimentação saudável, mas apenas os pratos que o "chefe" recomenda. Daí a estagnação que tem sido cómoda para a crescente distância entre ricos e pobres. A RTP, a estação que agora engloba a Rádio e Tv oficiais, está dominada por elementos dos dois partidos principais, com notório assento dos sociais democratas, especialistas em silenciar posições esclarecedoras e calar quem levanta o mínimo problema ou dúvida. A selecção dos gestores, dos directores e dos principais jornalistas é feita exclusivamente por via partidária. Os jovens jornalistas, são condicionados pelos problemas já descritos e ainda pelos contratos a prazo determinantes para o posto de trabalho enquanto, o afastamento dos jornalistas seniores, a quem é mais difícil formatar o processo a pôr em prática, está a chegar ao fim. A deserção destes, foi notória. Não há um único meio ao alcance das pessoas mais esclarecidas e por isso, "non gratas" pelo establishment, onde possam dar luz a novas ideias e à realidade do seu país, envolto no conveniente manto diáfano que apenas deixa ver os vendedores de ideias já feitas e as cenas recomendáveis para a manutenção da sensação de liberdade e da prática da apregoada democracia. Só uma comunicação não vendida e alienante, pode ajudar a população, a fugir da banca, o cancro endémico de que padece, a exigir uma justiça mais célere e justa, umas finanças atentas e cumpridoras, enfim, a ganhar consciência e lucidez sobre os seus desígnios."

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Orn Spirit no Teatro Casa da Comédia.






ORN SIPRIT
O Espírito e a Dança das Árvores. A música dos Sarithin

Música para sentir, música para meditar. Entra na clareira e ouve a conversa das árvores, aprende a sua dança e inspira a sua sabedoria. Orn Spirit apresenta o Espírito das Árvores e a entrada em Galadhrimbe e na Tradição Primordial.

O Povo das Árvores apresenta um concerto meditativo através do projecto Orn Spirit – O Espírito das Árvores. Utilizando diversos instrumentos e ambientes de todo o mundo recriam através de música profunda e sentida, a entrada na clareira do Bosque das Cinco Árvores, o verdadeiro Regresso a Casa, o retorno à natureza e ao Som Primordial, às primeiras músicas e os primeiros seres do nosso planeta.

Através de músicas tocadas ao vivo, com muita improvisação e sentimento, é um espectáculo que pode ser vivido e experienciado como se entender: dançando, saltando, exorcizando, meditando ou, porque não, sonhando.


Ficha Técnica:

Instrumentos – Didgeridoo, Tilinko, Flauta de Cana, Tin Whisle, Tampura, Saz Baglama, Guitarra, Percussões e Ambients

Fotografias Zito Colaço

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

MODA - NOVAS TENDÊNCIAS (parte 1).

NOVAS TENDÊNCIAS EM LISBOA.

Acredito que este post será mais um incentivo para o meu colega e amigo Artur Lourenço, continuar a levar grandes fotografias para casa de todos aqueles que vivem e trabalham em Lisboa.
Obrigado Artur e, que venha daí esse grande livro.

DIÁRIO DE LISBOA - THE LISBON DIARY
(Pessoas,locais e estilo de vida em Lisboa. People,places and life Style in Lisbon)
Para ver em : http://lisboadiarios.blogspot.com/

Fotografia Zito Colaço
Continua no Post anterior (Mensagens antigas).

MODA - NOVAS TENDÊNCIAS (Parte 2).





Fotografias Zito Colaço